Royal Enfield - Lançamento em São Paulo
A Royal Enfield aportou no Brasil oficialmente e a pergunta que fica é: vai vingar?A resposta mais óbvia é: Ninguém sabe! Mas podemos ter algumas pistas analisando com cautela alguns pontos importantes que explicarei mais abaixo.
Antes disso, vou contar brevemente o que ocorreu no dia 21 de abril de 2017 data em que a coletiva de imprensa onde Rudratej Sing (Rudy), presidente da Royal Enfield, Arun Gopal, diretor de negócios internacionais da Royal Enfield e Cláudio Giusti, gerente-geral da Royal Enfield no Brasil apresentaram os planos da marca para São Paulo em um primeiro momento.
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Arun Gopal, Rudratej Sing e Cláudio Giusti respectivamente |
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A linha de Gears vendida na Boutique Royal Enfield, tem muita coisa legal |
O modelo em produção mais antiga da história, a Bullet que começa em R$ 18.900, e está em produção desde 1931, claro que devidamente atualizado com o tempo mas sem perder o estilo. O motor é um monocilindrico de 499 cc, com injeção eletrônica e 27,2 BHP. A refrigeração é a ar e o câmbio tem 5 marchas, a partida é elétrica e a pedal, a moto tem peso de 194 kg e tanque para 13,5 litros para nossa gasolina adulterada. Apresenta um torque de 4,21 kgfm. E é a única que apresenta um banco para garupa de cara.
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Royal Enfield Bullet |
O modelo tem um visual que instantaneamente me remete a Steve McQueen, um carinha aí que sou muito fã, que era ator, piloto de motos e carros, cabra estiloso e homão da porra nas horas vagas. A moto tem um visual clássico e apesar de aparecer em todas as fotos de divulgação como monoposto, a Royal Enfield vai entregar junto com a moto um banquinho para o garupa que é encaixado apenas com alguns parafusos. Esse era um item opcional, mas eles foram sábios em entregar esse item de série. A motorização é a mesma da Bullet, todos os dados da Bullet podem ser aplicados a Classic. Não iremos nos repetir, né?!
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Royal Enfield Classic |
e R$ 24.500 respectivamente. Aqui vai uma observação. Se a versão ABS das Classic adiciona R$ 1.000, porque a GT cobra R$ 1.500? A Royal Enfield poderia abater esses R$500 ou então elucidar essa questão. O modelo é o mais moderno da linha, e a referência visual é as super em evidência motos Cafe Racer. O motor sofreu algumas alterações sendo que possui 535 cc e rende 29,1 BHP, o restante da configuração é a mesma, 1 cilindro, refrigerado a ar com injeção eletrônica e um pouquinho mais de força, gerando 4,5 kgfm de torque e com um câmbio de 5 marchas. A partida é elétrica e a pedal, o peso, mais aliviado que as suas irmãs mais velhas é de 184 kg e o tanque apesar do desenho diferente tem os mesmos 13,5 litros.
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Royal Enfield Continental GT |
O foco aqui é entender o que a Royal Enfield veio fazer no Brasil, para isso, precisamos pensar em quem é o público da RE.
Vou botar meus neurônios deteriorados pra funcionar, se feder, me avisem. O público que a RE quer atingir não é o cortador de giro que acha que só moto 4 cilindros presta, também não é para o camarada que quer a moto apenas para trabalhar. Ainda podemos excluir aqueles que curtem um estilo de moto mais moderno, mas que vai querer trocar de moto em pouco tempo, visto que as motos de hoje ficam rapidamente datadas no quesito estilo. Exclui-se também os loucos por números de desempenho. Então quem resta? Ora meus céticos, sobra uma boa parcela de gente que quer ter uma moto de média cilindrada mas que não se importa com números, na verdade pessoas que querem uma moto tão fácil e amigável de pilotar quanto uma 150 cc, mas com potência suficiente para deslocamentos urbanos e pequenas distâncias de uma cidade a outra, mas que não seja confundida com nossas onipresentes utilitárias. Uma moto de tamanho mais imponente que uma pequena cilindrada e estilo atemporal. Vendo o número de pessoas que gostam de estilos retrôs e em como as fabricantes estão investindo em modelos cafe racer, scramblers e bobbers, não há dúvidas que existe demanda para as motos da Royal Enfield.
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Os 3 modelos acima, exatamente nessas cores já estão prontas para os Test Rides |
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Continental GT, minha preferida |
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Continental GT verdinha, reparem que essa está com espelhos ponta de guidão |
Um agradecimento especial ao Leandro Cervantes e Pedro Carnachioni da CDI Comunicação Corporativa que fez o convite para a coletiva de imprensa e para o test ride.
E um segundo agradecimento ao Douglas Studzinski que me colocou nessa missão "difícil"...
Tomara que RE funcione por aqui e que outras montadoras observem melhor essa fatia do mercado, as clássicas ou atemporais como bem disse o Regi. Ótima matéria, o selo de qualidade do Garagem CR, continua valendo!
ResponderExcluirValeu Clairton. Aqueles 10 mil reais que prometi lhe pagar por esse comentário, pagarei no próximo dia útil.
ExcluirExcelente matéria, vou aguardar ancioso pelas impressões referentes ao test ride...parabéns!!!
ResponderExcluirTô doidinho pra rodar com ela. E depois contar tudo pra vocês!
ExcluirObrigado AJ Meira
Parabéns pela cobertura! Como você, estou na torcida para a marca emplacar e a rede de concessionárias crescer. O mercado só tem a ganhar. É uma moto de nicho, algo comum em qualquer setor produtivo hoje. O consumidor deve ter claro o que espera e precisa de sua moto, e com isso bem esclarecido, creio que a RE não decepcione.
ResponderExcluirNós só ganhamos com uma maior gama de produtos interessantes. A RE parece ter um produto interessante para um público um pouco diferente do usual. Sempre na torcida pelo melhor.
ExcluirObrigado Jefferson!
Excelente texto!
ResponderExcluirSinceramente eu não sei como será a aceitação do público. Eu entendo e apoio a proposta, mas acho que a marca será hostilizada. Tipo, chegar numa oficina com uma dessas e ter que ouvir que elas não prestam por não ter peças de reposição e por serem caras de manter, ora bolas!
Haterismo já virou esporte no mundo. E achismos haverão um monte, o negócio é confiar em quem tem conhecimento de causa.
ExcluirObrigado Thiago.
Tem um brasileiro que tem uma dessas e já rodou muito, até pela transamazônica ela já rodou!
ResponderExcluirSe tivesse dinheiro compraria sem medo de ser feliz!
Poxa, interessante. Adoraria contar a história dele. Se souber quem é, depois me manda. Só entrar em contato pelo Face do Garagem. Valeu Everton!
ExcluirAcho que não foi brasileiro, seria aquele documentário do David Beckham com uma Booneville?
ExcluirEle atravessou a transamazonica, passou pelo rio de janeiro também se não me engano.
Acho o Everton não se referiu a trip do Beckham, uma vez que não tem brasileiro nesse documentário e as motos são as Triumph.
ExcluirO cara que fez essa trip tem uma página https://www.facebook.com/transamazonica2015
Excluirtalvez entrando em contato por lá você consiga uma entrevista pra saber mais sobre a moto Reginaldo, seria legal ver um cara que realmente teve uma experiência com ela nos falando sobre a moto, nos grupos de facebook tem muito cara tentando difamar sem nunca ter visto a marca.
Valeu Matheus, vou ver sim.
ExcluirMissão difícil, é? Seu safado!!! kkkkkkk
ResponderExcluir.
Meu Deus, que moto linda essa Classic. Dá uma bobber perfeita. Partida a pedal? Um luxo!!!
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Pena que já tenho uma moto e não pretendo descer de cilindrada. Mas, fosse comprar uma moto média cc, hoje, a Royal Enfield Classic seria a escolhida.
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Torcendo muito para que a marca consiga firmar o pé no ingrato mercado nacional das duas rodas.
Huahahaha! Tenho que fazer um drama né, Rodrigo.
Excluiradorei todos os modelos!!!! totalmente minha cara!!!! realmente gostaria das três na minha garagem apesar do motor não emocionar muito, mas como alguém falou, não é moto para correr e sim para desfilar!!!! parabéns pela matéria, gostaria de saber quais os planos para abrirem uma loja no Rio de Janeiro? Grande abraço
ResponderExcluirSaric
Pelo que o pessoal da RE disse na coletiva, em 2017 é bem improvável que outra cidade receba uma "boutique".
ExcluirAdorei todos os modelos dessa postagem eu sou louco por uma Suzuki Moto
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirAdorei todos os modelos, incríveis! Mas eu não troco Moto Suzuki por nada!
ResponderExcluirAmei tofos os modelos tenho uma Suzuki Moto gosto da marca e sou consumidor das motos desde quando meu Pai me apresentou
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